Este romance histórico, lançado em 1937, é a desconstrução de uma megera. Carlota Joaquina de Bourbon (1775-1830), esposa de D. João VI e rainha consorte do reino de Portugal, havia sido retratada como devassa e conspiradora. A escritora Cecília Moncorvo Bandeira de Mello Rebello de Vasconcellos​ – que usava o pseudônimo de Chrysanthème – nos mostra uma Carlota Joaquina bem diferente do imaginário popular: uma mulher muito além de seu tempo, mas incapaz de suplantar o poder patriarcal que a mantinha aprisionada, paralisada e silente. Muito do que Carlota poderia ter sido e realizado em sua vida foi obstruído por D. João VI e pelos homens poderosos que circundavam o rei.

A publicação de A Infanta Carlota Joaquina é mais uma ação do Senado Federal em comemoração aos 200 anos da Independência do Brasil, em que o papel de Carlota Joaquina deve ser redimensionado para melhor compreensão da participação feminina em todo o contexto histórico das relações entre Portugal e Brasil.