A obra A Ilusão Americana faz uma reflexão sobre o papel desempenhado pelos Estados Unidos nas Américas e, em especial, no Brasil. O autor, Eduardo Prado, defende a ideia de que “o Brasil deve ser livre e autônomo perante o estrangeiro”. Também questiona os sentimentos de fraternidade da república norte-americana em relação à América Latina, bem como a sua influência moral na civilização de todo o continente.
Tais reflexões não devem ter agradado as autoridades da época, pois o livro foi proibido. Em 4 de dezembro de 1893 a obra foi posta à venda nas livrarias de São Paulo e foram vendidos todos os exemplares. No mesmo dia, o chefe de polícia proibiu a venda dos livros e confiscou os que estavam na gráfica. “Este despretensioso escrito foi confiscado e proibido pelo governo republicano do Brasil. Possuir este livro foi delito; lê-lo, conspiração; crime, havê-lo escrito”, diz Prado.
Ao recomendar a obra, Rui Barbosa afirmou em Cartas de Inglaterra: “Há, entre nós, nativistas, que projetam estátuas a Monroe, julgam praticar ato de republicanos, suscitando para amparo do Brasil o protetorado dos Estados Unidos. Desmistificar a fraternidade americana, esse o delito do autor”.
Eduardo Prado (1860-1901) foi advogado, jornalista, escritor e membro fundador da Academia Brasileira de Letras. Trabalhou como adido na delegação brasileira em Londres, durante o Império.
A Ilusão Americana
Eduardo Prado
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R$ 8,00
Livraria | |
Link_PDF | https://www2.senado.leg.br/bdsf/bitstream/handle/id/1095/000661687_Ilusao_americana.pdf |
Páginas | 118 p. |
Processor | |
Autor | Eduardo Prado |
Ano | 2003 |