A obra relata as façanhas e as emoções de dois intrépidos viajantes franceses – Jules Crevaux e Henri Coudreau –, que se embrenharam na Amazônia ainda no final do século XIX. Por longo tempo e em momentos distintos, os cientistas conviveram com os Galibi, os Waiãpi, os Wayana, os Karipuna, os Tiriyó, entre outras etnias. Crevaux e Coudreau presenciaram a força da cultura indígena sobretudo na língua, nos hábitos alimentares, no conhecimento da floresta, com seus rios e plantas medicinais, na tradição de dormir em redes, na forma de pescar.

A narrativa leve e envolvente que atravessa o trabalho de Pauliany Barreiros Cardoso fundamenta-se tanto nos relatos dos dois viajantes quanto em inúmeros acontecimentos históricos – o que leva o leitor a refletir sobre imenso movimento de povos, culturas e ideias de que se compôs o mundo amazônico ao longo do tempo.