Nesta reunião de ensaios, Euclides da Cunha trata da geografia da região amazônica, seu relevo, seus rios, o clima, os povoamentos, as fronteiras, tudo dentro de uma penetrante visão de conjunto. Sobre esse livro, Artur César Ferreira Reis escreve no prefácio: “Euclides viu a Amazônia como um último capítulo do Gênese. O homem teria chegado em hora imprópria ou antes do tempo; o clima seria caluniado, como clima hostil à presença humana; muitos dos rios da bacia hidrográfica não tinham formado ainda o leito definitivo; o homem dos seringais era um escravo. Todo um vasto conjunto de conceitos Euclides emitiu acerca daquele outro Brasil que ele descobria. (...) Em Um paraíso perdido, Euclides daria ao Brasil o outro ‘livro vingador’, como procedera em Os Sertões. Seria a interpretação da Amazônia como área em ser, mundo por revelar, centro ativo de uma civilização que se criaria para o futuro.” Ainda que inacabada, trata-se de obra que pode ser lida em face de outros monumentos literários deixados pelo autor, tais como Contrastes e Confrontos, À Margem da História e, por óbvio, Os Sertões.
Um Paraíso Perdido: Reunião de Ensaios Amazônicos
Euclides da Cunha
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R$ 23,00
Livraria | |
Link_PDF | https://www2.senado.leg.br/bdsf/bitstream/handle/id/1038/573595.pdf |
Páginas | 386 p. |
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Autor | Euclides da Cunha |
Ano | 2009 |