O autor recorta o período de 1940-80 para estudar a produção acadêmica, artística e cultural sobre “o senhor da pedra”. Analisa a recepção e projeção dos vários modos de apropriação que reproduziram o mito do herói empreendedor, vítima ao mesmo tempo do atraso atávico do Nordeste e do capital internacional. Considerado o “Mauá do sertão”, Delmiro foi tema de romances, filmes, ensaios universitários, biografias, memórias e outras narrativas. “Analisam-se as apropriações, metamorfoses e permanências na concepção de um mito modernizador”, escreve Dilton Maynard. O propósito é entender a absorção de Delmiro por vários meios de cultura e arte como mito, personagem e homem.